Com 35 anos, sou diretor de arte, motion designer e ilustrador.
Nascido na capital de SP mais precisamente na Zona Sul, não me lembro ao certo quando comecei a desenhar mas lembro de ter passado a infância inteira me dividindo entre as brincadeiras na rua, a escola e o desenho.
Acredito que por passar tanto tempo na rua, devo ter sido muito impactado pelas imagens das entidades da Umbanda (onde minha avó frequentava), pixações e pinturas de bairro que por se tratar de uma periferia, era muito comum nos comércios terem seus próprios letreiros e mascotes pintados, as escolas com aquelas pinturas características e etc. Além das tradicionais pinturas de paredes e das ruas para as copas do Mundo como por ex a de 94 e 98 que me lembro bem.
Talvez o impulso maior que me fez buscar algo mais autoral venha em 96 e 97 muito influenciado por vídeos clipes, pelas revistas de graffiti da época, o primeiro contato com a Galeria do Rock, a cultura Hip Hop e Skate.
Com o passar do tempo, fui me influenciando por artistas como Barry Mcgee e o coletivo Beautiful Losers, Margareth Kilgallen, Vitché, Onesto, Herbert Baglione, Fábio Zimbres, Alex Cerveny, Emmanuel Nassar e por ai vai.
Entre muitas crises de passar anos sem produzir nada (o que é muito constante) até mesmo produzir muita coisa ao mesmo tempo, fez com que eu fizesse muito mais coisa do que acharia que faria quando era criança. Por exemplo, uma editoria independente com o Mariano Barone chamada Causa Mortis que participava de feiras com zines, serigrafias e etc. Além de ter participado de algumas exposições no Brasil e fora dele, projetos sociais e etc que fez com que eu encontrasse muita gente foda pelo caminho.
Tudo isso sempre dividindo o tempo entre produção artística e o trabalho como Diretor de arte, e motion designer que é onde me sinto muito mais focado em alguns trabalhos de animação e vídeo, vinhetas ou intervenções com meu próprio desenhos.
“Minha indicação de artista para a próxima conversa é o @wagner_olino”
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Por Dimas Forchetti