Vista apresenta: Old Boy!

Publicado em 22/04/2019

 

Nessa semana apresentamos para vocês Patrick Antunes. Já conhecido na cena das publicações independentes, seu traço corrosivo reflete ao “Freak e Weirdo” e seus trabalhos ganham a assinatura “Old Boy”.

Com experiência em criar a identidade visual de bandas e artistas nacionais e internacionais, Old Boy segue participando do atual cenário de publicações independentes de São Paulo. Sem dúvida alguma, a música é a sua principal fonte de inspiração; entretanto, assuntos da atualidade dos mais variados tipos também são perceptíveis em sua arte.

 

 

“Eu sempre desenhei mas, somente de uns 3 anos para cá resolvi assumir o meu traço sempre buscando desenvolver as minhas próprias ideias e traço, existem muitos artistas que me influenciam e isso ajuda muito, mas algo que eu sempre me preocupei foi em não copiar e sim criar com a minha identidade, mas sempre da maneira mais tranquila possível.” Diz Patrick.

 

 

Patrick nos contou que faz o que curte e da forma que curte, é realmente uma busca por estar feliz com o momento de produção e o resultado dela. Buscando trazer vários sentidos as ilustrações, Old Boy procura até mesmo encaixar nelas mensagens subliminares, criando-as com seu próprio estilo e identidade.

“Acredito que o mais legal é você acreditar no que faz e não tentar ser igual outra pessoa, acho que o traço é igual a sua letra sabe, cada um tem a sua própria letra a sua digital e isso que acaba sendo a característica do seu trampo.”

Patrick quer continuar fazendo o que mais gosta de fazer: ilustrar – principalmente capas de discos, cartazes de shows e festivais, movimentos ligados a musica. Por ter uma banda, a Riders of Death Valley, na qual toca bateria, essa ligação se torna mais forte ainda para ele, afinal, seu gosto pela ilustração nasceu na música.

 

 

Agora, Patrick nos conta mais sobre a Zine Die, a feira de Zines, criada por ele, que acontece na Fatiado Discos.

“Eu trabalhei durante quarto anos no Centro Cultural da cidade de Barueri, onde acabei me envolvendo com eventos de diversos tipos: teatro, música, dança – com essa vivência, tive a vontade de fazer meus próprios projetos voltados a arte e música underground.

Foi quando acabei tendo projetos aprovados e realizando-os. Fiz alguns festivais com bandas conhecidas e também bandas da cidade. Acabei fazendo uma feira de Fanzines – os Zine Die, fiz a primeira edição que contou com mais de 30 expositores, apoio da revista Zupi e shows com as bandas Francisco El Hombre e Raça, que na época não tinham muita visibilidade e que hoje continuam atuantes e atualmente estão ganhando cada vez mais espaço em diversos festivais pelo Brasil.

No ano seguinte eu continuei com a vontade de fazer o projeto Zine Die andar, porém, não tive o mesmo apoio. Então, acabei migrando para a cidade de Osasco, onde realizei a segunda edição com vários expositores e também a banda Deb and The Mentals. Foi uma edição também muito legal de fazer.

 

 

Comecei a sentir que o público não valorizava tanto quanto devia projetos desse tipo, que dão o maior trabalho para fazer acontecer, mas ainda sim eu não queria desistir ali, então fui para a grande São Paulo. Apresentei o projeto para a Fatiado Discos que abraçou a ideia e deu total apoio e espaço! Fiz duas edição lá sozinho, mas, tinha a necessidade de ter um apoio maior – era muito difícil fazer a curadoria de tantos artistas de qualidade que se inscrevem no projeto. Foi aí que convidei a Quel e a Fresz, artistas visuais de Campinas, elas toparam ingressar no time e vieram com um novo fôlego, dando uma nova cara ao Zine Die. Atualmente, já fizemos mais de 10 edições. A feira é bimestral e conta sempre com 10 expositores que são artistas que fazem seus trabalhos de forma independente, sejam publicações, pinturas, gravuras, confecções, entre outros. Sempre tem discotecagem em vinil e alguma atração musical, e a entrada sempre é gratuita.

Acho que essa experiência foi o sentido literal da expressão “faça você mesmo“, que é algo que levo comigo. Procuro botar a mão na massa, sem ficar muito dependendo dos outros. Só sigo da maneira mais sabia que eu puder naquele momento.”

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No Instagram: @helloldboy

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